de quantos versos se faz a voz?

não responderemos jamais: aguardam-nos as horas, as Parcas, as mulas-sem-cabeça. Sonhos fantásticos, contos, romances, poesias. A lenda de uma verdade. O que fundamenta a linguagem que nos interessa, a da arte, a linguagem de função poética ou estética, aquela que fala as coisas e não apenas das coisas? Muito simplesmente, o sonho imiscuído à realidade. O sentido trágico da existência. A natureza. O cotidiano, nosso corpo no espaço, a sentir e lembrar; desejos, fantasias, urgências. Valores e princípios. A razão. As paixões. “A magia da verdade inteira, todo poderoso amor” (Gilberto Gil). Os rigores que um estilo, qualquer estilo, requer. O compositor popular. Poetas. Artistas. A política. Entremos! Adentremos! Perfilados, egípcios, de todo jeito, zoneados: por dentro há vísceras e músculos. Erra quem pensa ser o sonho abstrato. Veja esse pássaro pulsante. Veja esse ser sem alarde. Nunca soubemos por que falamos, desde quando, para quê. Nunca soubemos tanta coisa quanto agora. Bem vindos a esta ave feita para sobrevoar alguns pontos fundamentais da linguagem humana. Aves são ambiências virtuais de estudos, onde se encontram partes de uma matéria. Evoé!