corpo


Livro de sensações. Da pessoa, de sua singularidade sensível e intelectiva, vem a linguagem da arte, de códigos mais fluidos e flexíveis que os das linguagens outras. Do corpo solto no mundo, em estado de encantamento com o mundo, vêm os sonhos. Do sonho oriundo da realidade invisível e inusitada vem a linguagem da arte. Do ser encantado sai a voz que diz o que não foi dito ainda de um jeito ainda inaudito. É simples e é complexo. É o que sempre foi e é o que nunca foi visto, ouvido, sentido. São novos e velhos sentidos descobertos, relembrados, vividos em sua força original, transbordante de esperanças e de veias vibrantes. O corpo aberto no espaço encontra no tempo fissuras e passa, por vãos, por entre os poros das línguas. E quantas línguas não existem na arte! Mil línguas (e isso é só uma expressão). Segue uma pequena mostra de representações do corpo e das mil línguas inventadas para imaginá-lo: por aqui.